Covid-19: Os espectadores que “pedem televisão de conforto em tempos sombrios”
Se a quarentena lhe dá fome do que já conhece, não está sozinho. Aliás, essa é a ideia de ver filmes e séries repetidos — nostalgia, previsibilidade e facilidade. Rever Friends, Indiana Jones, filmes da Disney ou vídeos no YouTube “é como um cobertor emocional”.
Em poucos dias, tudo mudou no mundo — e na indústria da televisão. As audiências disparam, o consumo online é tal que a Comissão Europeia pede à Netflix, YouTube ou Amazon que reduzam a qualidade da imagem para não entupirem a internet e os estúdios de Hollywood cedem bruscamente num braço de ferro de anos — os seus filmes já não passam três meses em exclusivo nos cinemas e saltam directamente para o streaming. Uma pandemia pôs centenas de milhões de pessoas em casa, mas nos ecrãs de muitas delas pouco se alterou. Aliás, é tudo familiar, conhecido, confortável. Este é o tempo da covid-19, mas também pode ser a era da televisão de conforto.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.