Covid-19 trouxe um alívio momentâneo ao ambiente. “O problema é que não pode ser um intervalo”
O abrandamento da produção, das deslocações e do consumo provocado pelas medidas para combater a pandemia do novo coronavírus trouxe boas notícias para a crise ambiental, com uma diminuição da poluição e das emissões de gases com efeito de estufa. Mas teme-se que, passado o momento crítico que vivemos, pouco fique destas melhorias.
Se não viu as imagens de satélite que mostram a redução de gases poluentes sobre a China ou a Itália, já deve ter visto pelo menos as fotografias surpreendentes dos cardumes de peixes nos canais de águas límpidas de Veneza. A travagem a fundo da actividade económica, das viagens aéreas e da vida em geral de milhões de pessoas afectadas pela pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2 em vários países do mundo trouxe uma momentânea redução da poluição e da emissão de gases com efeito de estufa (GEE), nomeadamente do dióxido de carbono (CO2). Mas será que vai durar? Há sinais que indicam que não. Ambientalistas ouvidos pelo PÚBLICO têm esperança de que algo de positivo possa ficar, mas não acreditam numa mudança verdadeiramente significativa.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.