Como ficam as lojas de discos no meio do coronavírus? A “contemplar o abismo”
A agenda cultural está vazia – e as prateleiras das lojas de discos vão permanecer cheias durante algum tempo. As vendas online continuam a ser possíveis mas são também residuais. Um cenário que não deve melhorar quando “o mundo todo está em pausa”.
Quando dizemos que o coronavírus paralisou a economia da cultura, um dos primeiros pensamentos que nos vêm à cabeça é, talvez, o encerramento das salas de espectáculo em todo o país, deixando, durante tempo incerto, artistas e técnicos sem trabalho – e sem uma visão de futuro animadora. Pensamos em teatros sem plateia, concertos que deixam de poder acontecer e festivais que tiveram de adiar a festa indefinidamente, quando não foram mesmo forçados a dar as celebrações por canceladas – como é, mais recentemente, o caso do Party Sleep Repeat, em São João da Madeira, ou também do Tremor, que começa a olhar para o ano que vem “já com prejuízo”. Isto num sector já de si caracterizado pela precariedade e pela intermitência. Nesta preocupante equação, nem sempre entram as lojas de discos, que também fazem parte da indústria musical, e que, a propósito das medidas impostas pelo Governo português para combater a propagação do surto do novo coronavírus, têm de repensar todo um modelo de negócio para assegurar a sua sobrevivência.
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