Coronavírus: APED diz que está a tomar medidas para evitar rupturas pontuais e pede calma
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição apela à calma e destaca que o abastecimento normal de produtos depende disso.
Praticamente todos os supermercados e hipermercados abriram esta quinta-feira sem ruptura de produtos e a expectativa é de que isso continue a verificar-se nas próximas horas e dias. A garantia é dada por Gonçalo Lobo Xavier, director-geral da APED, a associação de empresas de distribuição, que adianta que o facto de a quase totalidade dos produtos alimentares à venda serem nacionais facilita o abastecimento.
A APED apela à calma dos consumidores, considerando que depende disso eventuais rupturas pontuais de alguns produtos, especialmente nos frescos (carne, peixe, fruta) ou outros produtos. “Estamos em contacto permanente com a indústria para garantir o abastecimento normal das lojas e há essa colaboração dos produtores”, avança Gonçalo Lobo Xavier ao PÚBLICO.
Por outro lado, as vendas online dispararam e as entregas, apesar de reforço de meios, não estão a ser feitas de forma tão rápida, admite o director geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED). Ainda assim, é dada a garantia de entrega, sem custos acrescidos.
Noutro âmbito, a preocupar o sector de distribuição está a possibilidade de as escolas encerrarem. Nesse caso, “as autoridades terão de tomar medidas para que a necessidade de acompanhamento dos filhos não prejudique o normal funcionamento da economia”, avança o responsável.
Esta notícia foi escrita dentro de um hipermercado, onde pelas 12 horas não havia prateleiras vazias, nem ruptura de stocks. Verifica-se, no entanto, um ligeiro acréscimo de clientes, face ao habitual.
O cenário desta manhã contrasta com verificado esta quarta-feira, pelas 20 horas, em que havia prateleiras vazias.
Já esta quinta-feira, o Governo anunciou a criação de um grupo de trabalho para avaliar a evolução da cadeia de abastecimento nos sectores agro-alimentar e de retalho para antecipar “comportamentos individuais desproporcionais face às necessidades efectivas dos cidadãos”.