O antes e depois das (agora) cidades-fantasma por culpa do coronavírus
As ruas de todo o mundo esvaziam-se. O surto de coronavírus tem levado milhares de pessoas a isolarem-se, escolas a fechar, países a paralisar. As imagens mostram como eram os espaços públicos antes do medo da covid-19.
Os espaços públicos de todo o mundo estão cada vez mais vazios. A culpa é da covid-19. O novo coronavírus, que começou a dar sinais em Dezembro de 2019, em Wuhan, na China, rapidamente se espalhou pelo resto do mundo e está a provocar uma onda de pânico.
As imagens de satélite, divulgadas pela Reuters, mostram como da China ao Irão, passando pelo Japão ou por Itália, as ruas têm vindo a ficar cada vez mais desertas.
Pouco mais de duas semanas separam as imagens da Grande Mesquita de Meca, na Arábia Saudita. A primeira foi captada a 14 de Fevereiro de 2020, a segunda a 4 de Março. O curto espaço de tempo é suficiente para mostrar a diminuição de afluência àquele que é considerado o maior centro de peregrinação do mundo.
Em Wuhan, não há movimento nos aeroportos ou estradas. A província chinesa onde o novo coronavírus apareceu parece ter-se tornado numa cidade-fantasma: em Fevereiro, algumas imagens já mostravam como a cidade vivia entre o isolamento e a normalidade.
O hospital chinês Huoshenshan, construído em menos de 10 dias para dar resposta aos crescentes casos de coronavírus do país, também figura nas imagens de satélite. Com mais de mil camas, o hospital reúne, de acordo com a agência de notícias estatal chinesa Xinhua, recursos médicos para fornecer tratamento isolado e eficiente a pacientes infectados.
Milão, uma das primeiras cidades europeias a ser contagiadas pelo novo coronavírus, também se tem vindo a transformar num cenário deserto. Desde o início do surto, já se contabilizaram mais de 7000 casos confirmados e 266 mortes. O governo italiano decidiu, na passada quarta-feira, 4 de Março, encerrar todas as escolas e universidades do país até 15 de Março.
Nos restantes países afectados pelo vírus, incluindo Portugal, que regista 31 casos de infecção, também tem sido assim: escolas encerradas, eventos e viagens canceladas, jogos à porta fechada, visitas de hospitais suspensas, economias paralisadas. O mundo está a parar devido ao surto do vírus, que já provocou mais de 3800 mortes, num cenário de mais de 110 mil infectados — mas cerca de 60 mil já recuperaram.
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