Coronavírus: ligação entre China e Portugal reduzida a um voo semanal
Medida foi tomada este mês pela Beijing Capital devido aos efeitos do novo coronavírus.
Neste momento ainda há uma ligação directa entre Portugal e a China, mas foi reduzida dos dois voos semanais que existiam a apenas um. Pelo meio, nas primeiras semanas deste mês houve apenas alguns cancelamentos do segundo voo, num processo de transição. Assim, conforme explicou a empresa ao PÚBLICO, o voo que permanece activo é o que parte de Lisboa às segundas-feiras com destino a Pequim e paragem em Xian.
Depois de uma interrupção em Outubro de 2018 (e após um período relativamente curto de existência), as ligações entre China e Portugal foram retomadas no final de Agosto do ano passado pela Beijing Capital, do grupo chinês HNA, com o objectivo de assegurar três voos semanais.
O surto do novo coronavírus levou logo em Janeiro à interrupção das ligações à China por parte de muitas companhias, como a British Airways, Lufthansa e SAS, para enumerar apenas algumas. E se nessa altura o período de suspensão dos voos ia até ao final de Janeiro, para depois se reavaliar a situação, depressa os acontecimentos mudaram o calendário, aliado a um aumento o número de interrupções e a uma expansão geográfica da suspensão de voos.
No caso da British Airways, o período de suspensão dos voos para Xangai e para Pequim já foi alargado para 17 de Abril, e cancelou voos para Itália, Singapura e Coreia do Sul. O surto do novo coronavírus no Norte de Itália levou também a Easyjet a cancelar o que definiu de “alguns voos”, clarificando que serão “principalmente os que entram e saem de Itália”, sem implicação para Portugal.
O PÚBLICO enviou várias questões à TAP, mas a empresa afirmou apenas, de forma genérica, que “está a acompanhar a situação e os seus desenvolvimentos”.
O impacto no sector do turismo, incluindo aqui lazer e negócios, está a ser sentido de forma imediata nas principais companhias aéreas, mas o receio dos efeitos do vírus alastra-se a toda a economia mundial.
No caso concreto da aviação, as empresas estão já com planos de redução das despesas - tentando assim equilibrar o impacto da perda de receitas devido à redução da procura - e alertas de redução das estimativas de lucro.
A finlandesa Finnair, segundo a Reuters, alertou para uma “significativa” redução do lucro operacional este ano e anunciou uma redução de custos da ordem dos 40 a 50 milhões de euros.