Évora: cidade múltipla, bipolar, encantadora
Talvez não tenha sido o mito romano que se quis fazer crer, mas se houve cidade do Renascimento em Portugal foi Évora, dizem-nos. O traçado urbanístico intramuros cristalizou-se e as fachadas ajudam a contar todos os pergaminhos de uma cidade com “mil e uma histórias”.
De Évora “dá para contar mil e uma histórias”. É esse o “encanto”. “É uma cidade onde temos de olhar com muita atenção para as coisas e, quanto mais olhamos, mais vamos descobrindo”, aponta André Carneiro, arqueólogo e professor na Universidade de Évora. A cidade é, na realidade, feita de “várias Évoras”: a romana, a medieval, a renascentista, a liberal; a invisível, a mitológica, a real; a progressista, a conservadora, a rural. E foi precisamente pela forma “como as diferentes realidades se combinam” e chegam aos dias de hoje num conjunto “harmonioso” que a UNESCO classificou o centro histórico da cidade como Património Mundial em 1986.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.