Pedro Pinto assume ser a favor do referendo e contesta direcção da bancada do PSD
Quatro deputados demarcaram-se da iniciativa de consulta popular proposta por Pedro Rodrigues.
O ex-líder da distrital do PSD de Lisboa Pedro Pinto assume que é a favor do referendo e contesta a decisão da direcção da bancada de travar uma proposta de consulta popular. “Essa matéria não foi discutida no grupo parlamentar”, afirmou aos jornalistas o deputado, que é “tendencialmente a favor da eutanásia”.
Pedro Pinto absteve-se na votação de 2018 por defender a necessidade de um referendo e está contra a posição da direcção da bancada, por assumir que a proposta de referendo foi anunciada por deputados à sua “revelia”. “Gostava de saber em que reunião do partido essa matéria foi tratada”, disse, defendendo que o grupo parlamentar “é um órgão nacional” do PSD e que deve ter posição sobre o assunto. “Não podemos andar a discutir o sistema político e a moralidade da política dos deputados e, em contrapartida, dizer sim a tudo o que venha não sei de onde”, afirmou.
Momentos antes desta declaração, quatro deputados do PSD fizeram saber que se demarcam da proposta de referendo avançada pelo ex-líder da JSD Pedro Rodrigues. Segundo a Lusa, Alberto Machado, Sandra Pereira, Cristóvão Norte e Carlos Silva alegam que o seu nome foi “abusivamente utilizado” como subscritores da iniciativa.
“Os signatários são, por princípio, favoráveis ao referendo, mas entendem que essa ponderação apenas poderá ter lugar após a votação do próximo dia 20”, referem numa nota enviada à Lusa estes quatro deputados, que tinham sido apontados pelo ex-líder da JSD como apoiantes da iniciativa de que é primeiro subscritor.
Por outro lado, acrescentam, “não subscreveram nem tencionam subscrever qualquer proposta de referendo, a menos que a mesma mereça concordância da direcção do grupo parlamentar”. Dos nomes anunciados por Pedro Rodrigues só restam Pedro Alves e Paulo Leitão, líderes das distritais de Viseu e de Coimbra respectivamente.