Gonçalo Byrne: Uma diáspora arquitectónica
Gonçalo Byrne conhece espantosamente a geografia das cidades, até ao subsolo, e mais ainda. É irresistível pensar que se trata de uma influência do seu pai, que era Engenheiro de Minas, e que refere muitas vezes. Em qualquer caso, é uma bela forma de chegar à arquitectura.
Olhamos para Gonçalo Byrne como um arquitecto de várias gerações, a que foi sempre acrescentando uma jovialidade invejável, que permanece. Sem ressentimento, parece passar imune aos debates duros que atravessam o pequeno universo dos arquitectos portugueses, desde que emerge no início dos anos 1970 com a “Pantera cor-de-rosa”, o mítico conjunto habitacional de Chelas. Byrne é o fio condutor de várias etapas da arquitectura portuguesa, a que empresta uma particular elegância; da habitação social para equipamentos e casas nos anos 1980, ganhando forte balanço nos anos 1990 numa sucessão de concursos ganhos, com a colaboração dos irmãos Aires Mateus; depois entrando no campo da reabilitação patrimonial; e mais recentemente com importantes projectos internacionais (plano para zona industrial e Cidade da Música, em Genebra).
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