Portugueses no Reino Unido: “Se o barco se afundar, atravessamos o canal e temos 27 países para escolher”
Muitos portugueses correram em 2019 a fixar-se no Reino Unido, antes que o “Brexit” comece “a doer” para os imigrantes. Os mais receosos são os não-qualificados, cuja permanência fica mais ameaçada pelos cortes nos apoios sociais
Na cidade de Thetford, a duas horas de distância de Londres, os emigrantes portugueses que chegaram nos últimos anos, maioritariamente para trabalharem na indústria de processamento da carne (e que não debandaram quando, em 2016, os britânicos aprovaram a saída do Reino Unido da União Europeia) estavam “em ponto morto”, segundo Susana Forte Vaz. “Não sabíamos em que direcção o carro ia virar. Agora pelo menos sabemos qual é a estrada por onde vamos”, sintetiza esta portuguesa que se dedica, desde 2005, a ajudar os imigrantes portugueses recém-chegados ao condado de Norfolk a tratar da burocracia necessária para aceder a um lugar na escola, cuidados de saúde, uma casa com rendas controladas, enfim, tudo a que o estado social britânico dá direito.
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