Filipe Lobo d’Ávila é primeiro vice-presidente numa direcção que junta sensibilidades internas do CDS

Martim Borges de Freitas preside à mesa do congresso, Filipe Anacoreta Correia à mesa do conselho nacional. Os outros vices são: António Carlos Monteiro, Francisco Laplaine de Guimarães, Miguel Barbosa e Sílvio Cervan. Mota Soares é suplente ao conselho nacional na lista de João Almeida.

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Lobo d'Ávila é o primeiro vice de Rodrigues dos Santos Paulo Pimenta

Filipe Lobo d’Ávila é o primeiro vice-presidente da direcção do CDS que é eleita este domingo e que será presidida por Francisco Rodrigues dos Santos, até agora líder da Juventude Popular, soube o PÚBLICO.

O convite feito por Rodrigues dos Santos a Lobo d'Ávila, bem como a aceitação do lugar na nova direcção do CDS, que sairá hoje do 28.º Congresso em Aveiro, surgem em nome da pacificação, explicou um responsável pelo processo de elaboração das listas ao PÚBLICO.

Os outros seis vice-presidentes de Rodrigues dos Santos são Francisco Laplaine de Guimarães, dirigente da Juventude Popular com Rodrigues dos Santos, António Carlos Monteiro, chefe de gabinete do grupo parlamentar, ex-deputado e antigo secretário-geral de Paulo Portas. Também serão vice-presidente Miguel Barbosa, antigo presidente da concelhia do Porto, e Sílvio Cervan, antigo deputado e antigo presidente da concelhia do Porto, que começou por ser apoiante de Manuel Monteiro e depois de Paulo Portas. Artur Lima, líder do CDS-Açores, Paulo Duarte, que disputou recentemente a distrital de Viseu, também são vice-presidentes, um lugar de direcção onde não surge nenhuma mulher.

Na comissão executiva estão também representantes do grupo de Lobo d'Ávila como é o caso de Raul Almeida e de Isabel Menéres Campos, líder da concelhia do Porto. Outra das sensibilidades que está neste órgão, que é o núcleo duro do presidente, é a da Tendência Esperança em Movimento. É o próprio fundador e porta-voz desta corrente interna, Abel Matos Santos, que integra a comissão executiva. 

Miguel Barbosa acumula a vice-presidência com a coordenação autárquica, com responsabilidades peculiares no ciclo eleitoral autárquico.

O secretário-geral do CDS será Francisco Tavares, que já ocupou o mesmo cargo na Juventude Popular.

O presidente da mesa do congresso será Martim Borges de Freitas, que sucedeu a Manuel Monteiro à frente da então Juventude Centrista, em 1990, e secretário-geral, quando José Ribeiro e Castro presidiu ao CDS.

O presidente do conselho nacional será Filipe Anacoreta Correia, ex-deputado e porta-voz da corrente interna Alternativa e Responsabilidade.

Apenas em dois órgãos haverá duas listas. Para o conselho nacional, Rodrigues dos Santos apresenta, como cabeça de lista, Filipa Correia Pinto, advogada no Porto. João Almeida lidera a sua lista, na qual surgem Adolfo Mesquita Nunes, Telmo Correia, Hélder Amaral, Nuno Magalhães e Álvaro Castello-Branco. Mota Soares surge como suplente.

Para o conselho de jurisdição, Rodrigues dos Santos apresenta Alberto Coelho e João Almeida propõe Diogo Feio, antigo vice-presidente de Paulo Portas e ex-deputado.

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Francisco Rodrigues dos Santos celebra a vitória Paulo Pimenta

O vencedor do Congresso e candidato único a presidente do CDS é Francisco Rodrigues dos Santos, cuja moção de estratégia global, Voltar a Acreditar, teve 671 votos, 46% do total.

João Almeida teve 562 votos que representam 39%.

Lobo d'Ávila foi o autor da moção Juntos pelo Futuro, que, na votação desta madrugada, ficou em terceiro lugar com 209 votos e uma percentagem de 14,5%.

Votaram 1449 congressistas.

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