“Vai ser mais difícil para Nadal, Djokovic e Federer ganharem um Grand Slam”

Alex Corretja acredita que a afirmação da nova geração nos grandes palcos está iminente.

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Reuters/EDGAR SU

Para Alex Corretja, é apenas uma questão de tempo para que os jogadores da nova geração comecem a ganhar títulos do Grand Slam e interrompam o domínio do Big 3: Rafael Nadal, Novak Djokovic e Roger Federer. O antigo número dois do ranking (1999) e agora comentador do Eurosport, que vai transmitir o Open da Austrália, está tão optimista que acredita que essa mudança pode acontecer já em 2020.

“Penso que têm uma oportunidade. [Daniil] Medvedev, [Dominic] Thiem, [Stefanos] Tsitsipas são jogadores que vão estar na linha da frente, pois já mostraram no ano passado que estão perto. Estou muito optimista quanto a isso. Se não for este ano será, o mais tardar, no próximo. Rafa, Novak e Roger continuam a ser os favoritos, mas vai ser cada vez mais difícil para eles ganhar um Grand Slam”, frisou Corretja, numa entrevista colectiva em que o PÚBLICO participou.

Apesar do optimismo, o ex-tenista espanhol, detentor de 17 títulos, incluindo o ATP Tour World Championships (agora ATP Finals) e dois Masters 1000, continua a colocar o Big 3 na lista dos principais favoritos, com mais ênfase nos dois primeiros jogadores do ranking. “O ritmo e intensidade com que Rafa, Novak e Roger jogam são muito elevados e aguentar isso, à melhor de cinco sets, durante duas semanas, não é fácil, física e mentalmente. Rafa e Novak são os favoritos, sem dúvida, serão os mais difíceis de derrotar. Até deixar de jogar Roger tem sempre a possibilidade de vencer mais um Grand Slam e não será surpreendente se triunfar no Open da Austrália. Mas, claro, com o passar dos anos, será cada vez mais difícil”, disse Corretja.

Terminado o qualifying, o Open da Austrália começa na madrugada de segunda-feira, em Portugal, e logo no primeiro dia irão estar no court Djokovic, Federer, Tsitsipas, Ashleigh Barty, Serena Williams e Naomi Osaka, entre outros.

Barty chega a Melbourne com a confiança em alta, depois de se tornar na primeira australiana a ganhar um título no país natal desde 2011. Na final do torneio de Adelaide, a número um do ranking – que nas duas épocas anteriores tinha sido finalista em Sydney – derrotou a ucraniana Dayana Yastremska (24.ª), por 6-2, 7-5.

No torneio masculino, o russo Andrey Rublev (18.º) venceu o sul-africano Lloyd Harris (91.º), por 6-3, 6-0, tornando-se no primeiro tenista desde 2004 a ganhar títulos consecutivos nas duas primeiras semanas da época.

Na final 100% francesa de Auckland, Ugo Humbert (34.º) não acusou a estreia em finais do ATP Tour e ganhou a Benoit Paire (24.º), por 7-6 (7/2), 3-6 e 7-6 (7/5).

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