Municípios de Coimbra reúnem-se com Governo para discutir aeroporto na zona Centro
Manuel Machado defende a construção de um aeroporto internacional de raiz, entre Coimbra e Leiria.
Uma delegação da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) vai encontrar-se na próxima quarta-feira com o ministro das Infra-estruturas e Habitação (MIH), Pedro Nuno Santos, para discutir a criação de um aeroporto internacional na zona Centro do país. A informação foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Manuel Machado, aos vereadores, na reunião do executivo municipal, que decorreu esta segunda-feira.
Manuel Machado, que fez da instalação de um aeroporto internacional no município de Coimbra uma das suas bandeiras na campanha para as autárquicas de 2017, admite que este possa vir a ser instalado fora do concelho. O autarca deixa assim cair a hipótese de adaptação do aérodromo municipal Bissaya Barreto, em Coimbra. Machado cita um estudo encomendado pela câmara, que, fazendo a análise custo-benefício, refere que a ampliação da pista para operação de aviões pesados “fica muito dispendiosa”. “É mais rentável construir uma pista nova”, de raiz, “num sítio mais adequado”, afirmou Manuel Machado, estimando que essa operação custasse entre 30 milhões e 50 milhões.
Outra das soluções que tem vindo ser apontada, a adaptação da Base Área 5, da Força Área, em Monte Real (Leiria), também é descartada pelo autarca de Coimbra, que refere questões de “segurança e operacionalidade” dos equipamentos militares. A hipótese de Monte Real tem vindo a ser defendida por municípios como Leiria e Figueira da Foz.
“Perante a evidência de que Monte Real não é solução, estamos a trabalhar numa solução alternativa”, explicou aos jornalistas o autarca de Coimbra. Essa alternativa deverá ficar a Norte de Leiria e a Sul de Coimbra, afirma, sem querer especificar, para “não alimentar possível especulação imobiliária”, justifica.
Na oposição, o PSD, pela voz do vereador Paulo Leitão, refere que o tema do aeroporto “foi uma fraude” para efeitos de campanha eleitoral, embora Madalena Abreu, também do PSD, reconheça a necessidade de uma estrutura do género, mas com outra localização. Já o vereador Francisco Queirós, da CDU, defende que a prioridade deve ser o investimento na ferrovia.