Enquanto houver caminho para andar, há orçamento para melhorar
Com o orçamento aprovado na generalidade através da abstenção dos partidos da esquerda, mas com a sobranceria de insistir que é a sua “melhor” proposta de sempre, Costa convidou BE e PCP para negociar, mas sem deixar pistas.
É um orçamento “avestruz”, é da “Costolândia ou da Centenolandia”, não é “minimamente de esquerda”. Rótulos não faltaram ao OE 2020, que é, afinal, o “melhor” dos últimos anos mas apenas para o primeiro-ministro. No arranque do debate na generalidade, e já com o orçamento viabilizado pelas abstenções à esquerda do PS, ficaram muito poucas pistas sobre o que ainda pode ser “melhorado” na especialidade. António Costa acredita que é possível fazê-lo com os seus parceiros à esquerda. E estes já avisaram que terá mesmo que o fazer para que as abstenções que receberá esta sexta-feira não se transformem em algo pior – se é que algum quererá correr o risco de ficar com esse ónus.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.