Benfica saiu de Setúbal apenas com um pouco de moral para RDT e Jota
Depois do empate no Bonfim, os “encarnados” fecharam a fase de grupos da Taça da Liga sem qualquer vitória e estão fora da competição.
A obrigação não foi cumprida e o Benfica saiu de Setúbal apenas com um pouco de moral para Raúl de Tomás (RDT) e Jota — Zlobin, pelo contrário, não vai guardar boas recordações do Bonfim. Após empatarem os dois primeiros jogos no Grupo B da Taça da Liga, os “encarnados” tiveram dois golos de vantagem, mas numa altura em que já tinham pé e meio fora da prova (na outra partida do grupo o V. Guimarães vencia o Sp. Covilhã, por 3-0), permitiram que Guedes assumisse o protagonismo: de regresso ao Portugal após uma passagem sem sucesso pelos Emirados Árabes Unidos, o avançado fez dois golos em 11 minutos e arrumou com qualquer esperança benfiquista (2-2).
Três dias depois de somar a quarta vitória consecutiva e garantir um lugar nos “quartos” da Taça de Portugal, as escolhas iniciais de Bruno Lage não disfarçaram que, na escala de prioridades do treinador, a Taça da Liga está no fundo das preferências. Mesmo estando obrigado a vencer, Lage mudou o padrão dos últimos jogos e apresentou um “onze” praticamente novo, com seis jogadores com menos de 21 anos — cinco foram treinados pelo técnico nos “B” dos benfiquistas em 2018-19.
Com Zlobin novamente na baliza, o Benfica entrou no Bonfim com uma defesa composta pelos dois Tavares nas laterais (Tomás e Nuno), ficando o centro entregue a um “veterano” (Jardel) e um estreante (Morato). No meio-campo, Florentino voltava a ter minutos e jogava ao lado de Gedson, enquanto no ataque à baliza sadina havia Jota, Caio Lucas, Seferovic e Raúl de Tomás (RDT).
Sem qualquer hipótese de apuramento, mas sem problemas de calendário — o próximo jogo do V. Setúbal é a 5 de Janeiro —, o espanhol Julio Velázquez aproveitou para afinar o seu “onze”. Após dois triunfos consecutivos na I Liga, o técnico manteve o desenho táctico habitual, com duas alterações que poucas alterações provocavam na estrutura da equipa: João Meira substituiu Artur Jorge no centro da defesa; Hachadi jogou no ataque, fazendo o papel que tem sido entregue a Ghilas.
A primeira parte foi entediante q.b. Sem que ninguém colocasse intensidade no jogo, as oportunidades foram quase nulas. A excepção foi um livre de Gedson e dois remates de Éder Bessa e Hildeberto.
Os últimos 45 minutos foram diferentes e começaram com uma oferta: o extremo sadino Carlinhos fez uma assistência perfeita para RDT e o espanhol aproveitou para fazer um golo fácil, aos 49’.
A precisar de mais um golo, o Benfica continuou a jogar devagar e de forma previsível, mas depois de marcar na Covilhã, Jota voltou a mostrar qualidade: com um remate cruzado, o jovem fez um excelente golo.
Os dois golos de vantagem deixavam os benfiquistas com hipóteses de apuramento, mas as notícias que vinham do Minho não eram animadoras — o V. Guimarães já vencia o Sp. Covilhã — e os “encarnados” pareceram baixar os braços. Agradeceu Guedes. O antigo avançado de Penafiel e Rio Ave entrou aos 79’, mas ainda foi a tempo de bisar. Aos 83’, aproveitou uma má saída de Zlobin e, já no período de descontos, com alguma sorte à mistura — a bola bateu na canela — fez o golo mais espectacular da partida.