Dezembro, mês explosivo?
A lógica sindical aposta num recuo rápido de Macron, algo que não parece fácil. Caso contrário, haverá choque frontal entre sindicatos e o poder.
A França é, por tradição, um laboratório social. E a mesma tradição leva os franceses a copiar datas e modelos históricos. A aposta dos promotores da greve geral aponta para duas saídas contraditórias. Na versão maximalista, a greve ilimitada visa bloquear o país, nas vésperas do Natal, até o Governo retirar o projecto de reforma do sistema de aposentações. Os sindicalistas têm os olhos postos, não em Maio de 68, mas nas três semanas de greves que paralisaram a França entre 24 de Novembro e 15 de Dezembro de 1995, forçando o Governo de Alain Juppé a retirar uma lei de reforma dos mesmos sistemas especiais de aposentação.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.