A jamaicana bicampeã Shelly-Ann Fraser-Pryce anunciou nesta quinta-feira que vai retirar-se após os Jogos de Tóquio 2020, quando tiver 33 anos, depois de quatro títulos mundiais, um recorde nos 100m.

“Estou agradecida pela oportunidade de representar o meu país, a minha família e a mim mesma, mas em Tóquio vou disputar os meus últimos Jogos Olímpicos. Sei isso, definitivamente. [...] Vou ter saudades do desporto, mas vou ficar bem. Não penso que seja complicado retirar-me, o atletismo é só uma das coisas que faço”, adiantou a bicampeã olímpica, numa entrevista ao jornal britânico The Telegraph.

Campeã mundial em 2009, 2013, 2015 e 2019, um recorde absoluto na distância entre femininos e masculinos, a atleta de Kingston explicou que Tóquio vai marcar a retirada após tentar juntar mais “metais” às seis medalhas olímpicas, em três Jogos diferentes.

Em 2008, tornou-se na primeira mulher das Caraíbas a conquistar o ouro olímpico nos 100 metros, em Pequim, defendendo o título com sucesso em Londres 2012, edição em que ganhou medalhas de prata nos 200 metros e na estafeta de 100 metros.

No Rio 2016, uma nova prata na estafeta e um bronze nos 100 metros aumentaram para seis as medalhas olímpicas, a que se juntam 11 em Mundiais, nove delas de ouro, entre 2009 e 2019, altura em que se tornou a mulher mais velha a conquistar um título mundial ou olímpico na sua distância predilecta.