“Kim Jong-un e as suas ambições foram muito subestimadas”

Desde 2004 que a jornalista do The Washington Post Anna Fifield cobre a Coreia do Norte. Acaba de lançar aquele que é o primeiro retrato aprofundado de Kim Jong-un, fruto de vários anos de investigação. A tradução portuguesa desse trabalho — O Grande Sucessor (Casa das Letras) — chega agora às livrarias.

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Cobrir a Coreia do Norte é um desafio para qualquer jornalista. Quando decidiu investigar a fundo a vida do seu líder, Kim Jong-un, a correspondente do The Washington Post na Ásia, Anna Fifield, propunha-se recolher informações de alguém sobre quem havia dúvidas até quanto ao ano de nascimento. Foi um dos maiores desafios para esta jornalista neozelandesa que acompanha o “reino eremita” desde 2004. Em O Grande Sucessor (Casa das Letras), Fifield traça o percurso de um dos líderes mundiais mais enigmáticos e menos convencionais da História recente, desde a sua infância isolada numa gaiola dourada em Pyongyang até à sua ascensão brutal na hierarquia norte-coreana. Falou com dezenas de dissidentes, incluindo familiares de Kim, para tentar perceber quem é este homem, que passou de uma anedota a um dos líderes mais ameaçadores do planeta. Com as negociações com os EUA congeladas, Kim Jong-un tem pela frente “um período muito traiçoeiro”, avisa a jornalista.

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