Guarda-redes, pescador e vendedor de charutos
Jan Jongbloed era baixo, não jogava em nenhum dos “grandes” da Holanda e não gostava muito de se atirar para a relva, mas era amigo de Johan Cruyff, sabia jogar bem com os pés e esteve em duas finais consecutivas do Mundial.
O guarda-redes do futebol moderno tem de fazer mais do que impedir que a bola entre na sua baliza e isto é especialmente verdade desde 1992, ano em que foi introduzida a regra dos passes para o guarda-redes. Não poder agarrar a bola com as mãos obriga o homem que está na baliza a ser competente com a bola nos pés, mas não apenas a mandar charutos para a bancada. Ao longo dos tempos, houve quem levasse isto a extremos, como René Higuita, com as suas fintas suicidas e as defesas escorpião, ou Rogério Ceni, exemplar marcador de livres, nenhum deles, no entanto, tão completo como Manuel Neuer, um gigante na baliza e longe dela. Mas não é de agora que saber jogar com os pés é uma valência exigida aos guarda-redes. Perguntem a Jan Jongbloed. Ele jogou duas finais consecutivas em Mundiais de futebol.
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