Obstetra suspenso respondeu em tribunal por causa de um parto e foi ilibado

Além da polémica relacionada com as ecografias em que não detectou malformações dos fetos, o obstetra de Setúbal Artur Carvalho também já se viu envolvido num caso que resultou na morte de uma bebé aos seis meses de vida. A justiça ilibou-o duplamente de responsabilidades, primeiro a nível criminal e depois no tribunal cível.

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O obstetra de Setúbal Artur Carvalho também já se viu envolvido num caso que resultou na morte de uma bebé aos seis meses de vida.

Grávida de alto risco, Alexandra Santana tinha 38 anos quando deu entrada no Hospital de Setúbal em Maio de 2007 por problemas de hipertensão. Como estava no final da gravidez, acabou por ficar internada, tendo-lhe sido induzido o parto pela médica assistente. À noite, quando a clínica largou o serviço, já a paciente estava há várias horas em trabalho de parto, mas sem dilatação suficiente para ter a criança. As dores começaram a seguir, seriam umas 23h, estava Artur Carvalho de turno no serviço de urgência. Alexandra Santana, que já tinha tido um filho antes e passara por uma pré-eclâmpsia, garantia que eram anormalmente fortes as dores que sentia. Por duas vezes o obstetra ordenou ao enfermeiro que lhe desse analgésicos, enquanto a mãe pedia que lhe fizessem uma cesariana, como sucedera com o primeiro filho. “Dêem-lhe chazinho, bolachas e um comprimido para as dores, que amanhã a médica dela resolve”, lembra-se a mulher de ouvir o clínico dizer.

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