“As democracias podem ser avaliadas com base no quão bem protegem as suas minorias — não a maioria”
Falando de ódio e de extrema-direita, a especialista britânica em discurso extremista garante que todas as pessoas são susceptíveis ao ódio, que se torna especialmente preocupante quando é “usado como uma arma para mudar sistemas políticos e sociais que reflectem esse ódio”.
A investigadora britânica Sasha Havlicek é especialista em discurso extremista e é também presidente do think tank Instituto para Diálogo Estratégico (ISD), que fundou há 13 anos. O seu pai trabalhava na antiga Jugoslávia, onde Sasha Havlicek passava grande parte das férias de Verão nos seus tempos de infância e adolescência — e foi precisamente em terreno jugoslavo que viu nos crimes de guerra as consequências reais de um ódio abstracto. Hoje, defende que os partidos de extrema-direita são “bons comunicadores e peritos em explorar as inquietudes” da população, daí que “seja preciso um verdadeiro investimento para lhes fazer frente” — assim como ao discurso de ódio. A investigadora falou ao PÚBLICO em Los Angeles, nos Estados Unidos, durante a apresentação do documentário Why He Hate, saído da mente de Steven Spielberg, sobre a origem e as vivências em torno do ódio.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.