Vamos confundir o mundo
O mito vale, como escreveu Paul Ricoeur, pelo que possa desvendar sobre a existência humana e as suas infinitas tropelias — e mais não é preciso.
Vamos construir uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus. Assim, havemos de nos tornar nomeados para evitar que nos dispersemos por toda a superfície da Terra.
O Senhor, porém, desceu, a fim de ver a cidade e a torre que os homens estavam a edificar. / E o Senhor disse: Eles constituem um só povo e falam uma única língua. Se principiaram desta maneira, coisa alguma os impedirá, de futuro, de realizarem todos os seus projectos. / Vamos, pois, descer e confundir de tal modo a linguagem deles que não consigam compreender-se uns aos outros.
E o Senhor dispersou-os dali por toda a superfície da Terra, e suspenderam a construção da cidade. [1]
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