Peter Handke deu “uma luz de liberdade” ao Portugal dos anos 70, Olga Tokarczuk já não é por cá desconhecida

Introduzido em Portugal pelo histórico Grupo 4, o teatro do dramaturgo austríaco incomodou a ditatura em 1972 e depois foi regularmente editado entre nós. Já a autora polaca ainda só tem uma obra publicada no mercado nacional, Viagens, mas há outra a chegar na próxima semana, e virá já com uma cinta alusiva ao Nobel da Literatura 2018.

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Cartaz do espectáculo Insulto ao Público, de Peter Handke, que o Grupo 4 estreou em Lisboa, no Teatro Monumental Arquivo do Teatro Aberto

Em 1972, João Lourenço e os seus colegas do histórico Grupo 4, fundado também por Irene Cruz, Morais e Castro e Rui Mendes, apanharam com dióspiros atirados da plateia quando estrearam Insulto ao Público, espectáculo que adaptava a peça homónima de Peter Handke. Aconteceu no Porto. Mas em Coimbra, onde também esteve em cena, a peça esteve parada uma hora. “Quase havia uma batalha campal”, recorda João Lourenço ao PÚBLICO, reagindo à notícia de que Peter Handke recebeu o Nobel da Literatura 2019. A estreia do espectáculo, que o grupo foi dos primeiros a apresentar fora da Alemanha, acontecera em Lisboa, no Teatro Monumental. “Foi uma coisa fantástica apresentar-se esta peça antes da democracia. E tivemos um êxito estrondoso”, diz o encenador.

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