Fez-se história: Parlamento terá três deputadas negras

Joacine Katar Moreira, cabeça de lista do Livre, Beatriz Gomes Dias, número três do BE, e Romualda Fernandes, em 19º lugar pelo PS, todas por Lisboa, foram eleitas deputadas. Todas são comprometidas com o combate ao racismo, tema que promete fazer parte da agenda durante a próxima legislatura. “A partir de agora nós, mulheres negras, cada vez que olharmos para a escadaria da Assembleia da República não nos iremos ver apenas com baldes e esfregonas para limpar: estamos lá dentro, temos voz e podemos sonhar”, escreveu uma amiga a Romualda Fernandes.

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Joacine Katar Moreira era cabeça de lista pelo Livre em Lisboa LUSA/RODRIGO ANTUNES
,Marisa Matias
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Beatriz Gomes Dias ao lado de Catarina Martins LUSA/ANTÓNIO COTRIM
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Romualda Fernandes na Associação Cabo-Verdiana de Lisboa FRANCISCO ROMãO PEREIRA

Há um mês a ausência de representatividade no Parlamento era um dos exemplos mais utilizados por quem referia os efeitos do racismo em Portugal. Embora não radicalmente, desde a noite de 6 de Outubro de 2019 que o cenário mudou. A próxima legislatura terá um factor inédito na história da democracia portuguesa: na mesma eleição foram eleitas três deputadas negras, por três partidos diferentes e por Lisboa. Joacine Katar Moreira é a primeira mulher negra a assumir a liderança da lista de um partido político nas eleições legislativas, o Livre, Beatriz Gomes Dias chega ao Parlamento eleita em número três da lista do Bloco de Esquerda, e Romualda Fernandes pelo PS, estava em 19º lugar. 

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