“Não adianta ter a melhor farinha e os melhores ovos se não se souber nada de pastelaria”
O Governo acaba de lançar uma linha de crédito de 100 milhões para apoiar a formação dos gestores. As escolas de negócios também já perceberam que têm de ir mais longe nesse trabalho. Durante muito tempo a resposta ao problema da competitividade do país foi colocado “do lado da formação dos trabalhadores”. Mas Portugal precisa também de melhor gestão de empresas.
“A gestão das empresas representa metade do défice de produtividade dos países do Sul, como Portugal ou a Itália, em relação aos Estados Unidos”, justifica um artigo do centro de investigação norte-americano National Bureau of Economic Research. Na base dessa análise estão os dados mais recentes do World Management Survey, o maior estudo mundial sobre práticas de gestão, que coloca os gestores portugueses entre os piores da Europa. O mesmo artigo traçava também um cenário: se as empresas dos países do Sul da Europa conseguissem ter desempenhos de gestão semelhante ao dos EUA, isso seria suficiente para uma subida significativa na sua produtividade, com ganhos para o crescimento económico.
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