Tornou-se um político. Quatro anos depois de uma discreta entrada em cena, tem poder, influência, autonomia de decisão, popularidade. Só não se sabe se tem razão. Ouvir Mário Centeno, 52 anos, ministro das Finanças, é constatar uma convicção sem brechas servida por uma argumentação sem dúvidas. Divide as águas, claro: há o vivo aplauso para o caminho que elegeu e as escolhas que fez e há também alguns sombrios prognósticos de futuros carregados. Por isso o procurei e se conversou: sem relógio e sem um fio condutor aparente mas... nunca o ministro falou “assim” da sua pasta. Dele, menos. A reserva é-lhe fundamental. Quando insisti para que o encontro fosse no seu gabinete, Centeno não permitiu o acesso ao seu altar. O retrato ficou, porém, bem impresso: sabe-se com o que se conta. E já agora guarde-se este jornal: pode ser muito interessante reler esta conversa daqui a dois, três anos.
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