Preço das casas sobe 14,8% em Portugal Continental no segundo trimestre
Face ao arranque do ano, preço da habitação em território continental subiu 3,9% no segundo trimestre, de acordo com a Confidencial Imobiliária
O preço de venda das casas em Portugal Continental subiu mais uma vez no segundo trimestre de 2019. Apresentou um aumento de 14,8% face ao mesmo período do ano anterior e de 3,9% face aos primeiros três meses do ano, revelou esta quarta-feira a Confidencial Imobiliário no âmbito do Índice de Preços Residenciais (IPR).
O IPR, feito pela Confidencial Imobiliário, acompanha a evolução da valorização da habitação no país e respectivos preços de transacção das casas, partir dos preços efectivos das operações de compra e venda. A análise divulgada veio confirmar o ritmo de valorização do mercado, segundo a consultora, que afirma que desde Julho de 2017 o montante tem vindo a crescer, quase sempre por volta dos 15%.
O período de dois anos marca também um aumento dos preços superior a 10% pela primeira vez em 10 anos. Até hoje, a variação mais alta deu-se no final do ano de 2018 com subidas superiores a 17%.
De acordo com a análise da Confidencial Imobiliário, realizada no primeiro trimestre deste ano, os preços habitacionais caíram cerca de 21% entre 2007 e meados de 2013. Mas a recuperação entretanto registada já compensou essa perda, fazendo com que a nível nacional os valores estivessem, no final do ano passado, no mesmo patamar que resultaria da sua evolução de 2008 até 2018 ao ritmo da taxa de inflação.
Contudo, quando comparado com o primeiro trimestre do ano, o desempenho entre Abril e Junho deste ano demonstra uma estabilização no ritmo da subida. A variação manteve-se sempre entre os 3% e os 4% desde 2017, contabiliza a Confidencial Imobiliário. Torna-se assim o ciclo com maior valorização em cadeia desde 2007.
Em comunicado, Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário, afirma que “não obstante o mercado manter uma forte valorização, os níveis de preço entretanto atingidos parecem estar a refrear as expectativas dos operadores, que se mostram cada vez mais cautelosos quanto à evolução dos preços”. Ricardo Guimarães mostra-se contudo confiante na adaptação do mercado português, com “93 mil novos fogos em <i>pipeline</i> desde 2017”, o que pode ajudar a “estabilizar a subida de preços” e resolver o problema entre a oferta e a procura.