Começou a vindima. Já tive 15 anos e nessa idade gostava mesmo de ir à vindima e de escrever redacções do tipo “gosto muito da vindima. A vindima é muita bonita. Toda a gente canta e dança. Cansa um bocadinho, mas comem-se muitas uvas”. Era trabalho infantil, mas não era a Idade Média. As crianças – melhor, os jovens – suplicavam para ir à vindima. Não bastava querer ir. O dono da vinha tinha que aceitar, e aceitar era um sinal de amizade perante a família que pedia, quase sempre humilde.
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