Boris garantiu a Costa “total respeito” por portugueses no Reino Unido após “Brexit”

Boris Johnson telefonou ao homólogo português para manifestar também “uma grande vontade de estreitar relações bilaterais com Portugal” depois da saída do Reino Unido da UE.

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Boris Johnson, primeiro-ministro britânico Reuters

O novo primeiro-ministro britânico telefonou nesta segunda-feira ao homólogo português, António Costa, para se apresentar e garantiu-lhe “total respeito” pelos portugueses residentes no Reino Unido após o “Brexit”, processo que quer ver resolvido até final de Outubro.

Naquele que foi o primeiro contacto desde que o líder do partido Conservador britânico assumiu o cargo de primeiro-ministro, em Julho passado, Boris Johnson transmitiu a António Costa “garantias pelo total respeito dos direitos dos portugueses residentes no Reino Unido” após a saída do país da União Europeia (UE), avançou à agência Lusa fonte do gabinete do chefe de Governo português.

De acordo com a fonte, Boris Johnson telefonou ao início da tarde ao homólogo português, manifestando também “uma grande vontade de estreitar relações bilaterais com Portugal” após o "Brexit”.

Segundo a mesma fonte, “ambos os primeiros-ministros concordaram que era muito importante estreitar as relações bilaterais, nomeadamente nas áreas da ciência e tecnologia, mar e defesa”, desde logo por serem dois países europeus e atlânticos.

No contacto, Boris Johnson reiterou ainda a António Costa a “posição do governo britânico para obter um acordo para saída do Reino Unido [da UE] até dia 31 de Outubro”, como previsto, adiantou à Lusa a fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro português.

No final de Julho, o líder do partido Conservador, Boris Johnson, foi indigitado primeiro-ministro britânico pela Rainha Isabel II, na sequência da demissão formal de Theresa May devido à dificuldade em aplicar o “Brexit”. Boris Johnson, o 14.º primeiro-ministro do reinado de Isabel II, foi empossado numa breve audiência no palácio de Buckingham.

Sucessora de David Cameron, que se demitiu após o referendo que ditou a saída do Reino Unido da UE em 2016, Theresa May esteve em funções durante três anos, mas em Maio anunciou a decisão de renunciar devido à dificuldade em completar o processo do “Brexit”.

O Reino Unido tinha previsto sair da UE a 29 de Março deste ano, mas o chumbo pelo parlamento do Acordo de Saída negociado pelo então governo de Theresa May com Bruxelas e a oposição a uma saída sem acordo levou a um adiamento do processo até 31 de Outubro.