O dilema de António perante uma garrafa de Henri Jayer de 1970, parte I
Beber ou não beber, eis a questão. Ou a bebia, e teria uma experiência certamente inesquecível, só ao alcance de alguns, ou a vendia, e talvez lhe pagassem uns 50 mil euros. Uma garrafa é uma garrafa e cinquenta mil euros são cinquenta mil euros. Podemos resumir tudo a uma questão de perspectiva.
António Pedralva bem tentava desviar o pensamento, mas na sua cabeça apenas latia a mesma inquietação. Na verdade, era um dilema: o que fazer com a garrafa Cros-Parantoux Vosne-Romanée Premier Cru 1970 que Jérome Léclapart lhe tinha oferecido no início do ano? Ou a bebia, e teria uma experiência certamente inesquecível, só ao alcance de alguns, ou a vendia, e talvez lhe pagassem uns 50 mil euros – ou até mais.
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