Mercado negro, gangs e clima de medo: o “preocupante” retrato da (in)segurança no Porto

Executivo de Rui Moreira e CDU fizeram propostas para combater insegurança causada pelo tráfico de droga. Fim do bairro do Aleixo alastrou problema. Câmara lamenta falta de meios da PSP e pede mais poderes para esta força policial

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À autarquia têm chegado relatos de moradores que têm medo de sair de casa e até de ir à janela Paulo Pimenta

A visita foi informal, mas Rui Moreira tornou-a pública, na reunião de câmara desta segunda-feira, para ilustrar aquilo que considera ser um retrato “preocupante” da falta de segurança na cidade - uma realidade já confirmada ao seu executivo tanto pela Polícia Municipal como pela Polícia de Segurança Pública e a Polícia Judiciária. Este domingo, o presidente da câmara deu um passeio junto ao bairro Pinheiro Torres, em Lordelo do Ouro, e viu “tráfico a partir das janelas dos automóveis”. À luz do dia e sem qualquer pudor: “Só não me ofereceram droga porque viram que era o presidente da câmara, mas não os incomodou minimamente.” As descrições não se ficam pela venda descarada. Pior do que isso, considera, é o clima de medo que parece ter tomado conta de algumas zonas da cidade e particularmente de alguns bairros camarários: “Temos tido relatos de pessoas que têm medo de sair de casa e quase de ir à janela, dizendo que os bairros foram controlados por gangs”, disse. “Há cidadãos que se sentem sequestrados nas suas casas ou fora das suas casas. Quase expulsos dos bairros. Não por serem despejados por nós, mas por serem despejados pelos vizinhos.”

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