OIM regista 683 mortes no Mediterrâneo desde o início do ano

Espanha e Grécia são actualmente as principais portas de entrada na Europa.

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34,226 imigrantes e refugiados chegaram à Europa por via marítima nos primeiros 199 dias de 2019 EPA

Pelo menos 683 pessoas morreram nas três principais rotas migratórias do Mediterrâneo desde o início do ano, um decréscimo de 47% em relação ao mesmo período de 2018, divulgou nesta sexta-feira a Organização Internacional das Migrações (OIM).

Os dados da agência da ONU relativos a Janeiro e 17 de Julho dizem que o mais número de mortes (426) ocorreu na rota central, que sai da Argélia, Tunísia e Líbia em direcção a Itália e a Malta.

Nos últimos meses, embarcações de organizações não-governamentais conseguiram resgatar nos últimos meses centenas de pessoas.

Na rota leste, que ruma à Grécia e ao Chipre, foram contabilizados 53 mortos, enquanto na rota oeste, em direcção às costas espanholas, o número de mortos foi de 204.

No mesmo período em 2018, o número total de mortes no Mediterrâneo foi de 1449.

A OIM avançou que 34,226 imigrantes e refugiados chegaram à Europa por via marítima nos primeiros 199 dias de 2019, o que representa uma quebra de 34% em comparação com as 51,782 chegadas no mesmo período de 2018.

Espanha (12,064) e Grécia (16,292) são actualmente as principais portas de entrada na Europa. Combinadas, as chegadas aos dois países combinadas (28,356) representam quase 83% do total.

Quando comparados ao mesmo período do ano passado, os dados da OIM indicam que as chegadas de migrantes à Grécia aumentaram (mais 1352), enquanto em Espanha diminuíram (menos 6589).

Em relação a Itália, os dados da OIM apontam para 3186 chegadas, um número bastante menos expressivo quando comparado com as 17,838 registadas no mesmo período de 2018.

A OIM, dirigida pelo português António Vitorino, monitoriza as mortes nas rotas migratórias em todo mundo desde 2014 através do programa Projecto Migrantes Desaparecidos. Desde então foi regista a morte de 32,362 migrantes, mas a organização admite que, devido a dificuldade de reunir dados e do contexto em que estas mortes ocorrem, o número real possa ser muito maior.