Cristóvão Norte vai ser o cabeça de lista do PSD por Faro
PSD já confirmou onze cabeças de lista do partido às legislativas de 6 e Outubro.
O deputado e porta-voz do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD Cristóvão Norte vai ser o cabeça de lista do partido por Faro nas próximas eleições legislativas, disse nesta terça-feira o próprio à agência Lusa.
“Foi com muita honra e humildade que recebi o convite do dr. Rui Rio, o qual me dá o privilégio de continuar a servir os meus concidadãos e colaborar para fazer uma região e um país melhor. Estou confiante que os portugueses confiarão no Dr. Rio e no PSD. E estou seguro que têm razões para confiar”, afirmou Cristóvão Norte.
Considerando que encabeçar, pelo PSD, o círculo de Faro será “um desafio muito aliciante”, o deputado manifestou ainda “toda a confiança de que o PSD está a construir uma alternativa sólida de governação”.
Aos 42 anos, Cristóvão Norte é pela primeira vez cabeça de lista por Faro, círculo pelo qual é deputado desde 2011. Há quatro anos, o cabeça de lista por este distrito foi o independente José Carlos Barros e em 2011 tinha sido José Mendes Bota.
Licenciado em Direito e em Economia, pós-graduado em Estudos Europeus, Cristóvão Norte apoiou Rui Rio na disputa interna contra Pedro Santana Lopes, no início de 2018.
No CEN, órgão que tem sido responsável por preparar o programa eleitoral do partido, assumiu as funções de porta-voz para os Assuntos do Mar.
No entanto, em Janeiro deste ano, Cristóvão Norte assumiu estar “desiludido” com Rio e defendeu ser “hora de clarificação” no partido, depois de Luís Montenegro ter desafiado o presidente do PSD a convocar directas antecipadas.
Nessa ocasião, o deputado considerou que a estratégia de Rui Rio à frente do PSD era correcta, mas não estava a ser, em parte, concretizada, centrando a tónica na necessidade de clarificação, mais do que nos protagonistas.
Rio recusou em Janeiro o repto de realizar eleições directas, mas fez votar em Conselho Nacional uma moção de confiança, aprovada com 60% dos votos.
Desde final de Junho, Rui Rio já anunciou metade - dez dos 20 - cabeças de lista que tem a prerrogativa de indicar (Madeira e Açores têm autonomia na escolha dos seus deputados).
Na edição de 29 de Junho do semanário Expresso, foram anunciados os primeiros seis cabeças de lista do PSD: por Lisboa, a vereadora da Câmara de Cascais Filipa Roseta; pelo Porto o presidente do Conselho Nacional de Juventude, Hugo Carvalho; por Leiria, a deputada e líder da JSD Margarida Balseiro Lopes; por Aveiro, a investigadora universitária Ana Miguel Santos (que tinha sido candidata a eurodeputada no 8.º lugar na lista do PSD); por Braga, o vogal da Comissão Política Nacional e vereador em Guimarães André Coelho Lima; e por Coimbra, a advogada Mónica Quintela, porta-voz para a Justiça do Conselho Estratégico Nacional.
Uns dias mais tarde, foram anunciados os candidatos que encabeçarão as listas para mais quatro círculos: Henrique Silvestre Ferreira, engenheiro agrónomo, será cabeça de lista por Beja; Cláudia André, geógrafa e professora, é a escolha para Castelo Branco; o vereador da Câmara de Setúbal Nuno Carvalho lidera a lista pelo seu distrito e Isaura Morais, presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, é o primeiro nome em Santarém.
Nestes dez casos, Rio escolheu cabeças de lista inéditos, e também já foi anunciado que o presidente do PSD não irá ser número um por qualquer círculo. A estes nomes, juntam-se o de Carlos Peixoto, que anunciou no sábado à Lusa que voltará a ser o cabeça de lista pela Guarda, e hoje o de Cristóvão Norte, por Faro.
Também os Açores já aprovaram como cabeça de lista pela Região Autónoma o engenheiro eletroctécnico Paulo Moniz, natural da ilha de São Miguel.
Assim, dos 13 cabeças de lista já oficialmente conhecidos no PSD, 12 nunca ocuparam esta posição de “número um”, um é repetente (Carlos Peixoto), e apenas três são actualmente deputados (Carlos Peixoto, Cristóvão Norte e Margarida Balseiro Lopes)
Ficam a falar as confirmações oficiais dos cabeças de lista do PSD pelos círculos de Bragança, Évora, Portalegre, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, bem como as indicações dos “número um” pelos círculos da Europa e Fora da Europa. Também a Região Autónoma da Madeira terá ainda de aprovar os seus candidatos a deputados.