União Europeia, Parte III
Vale a pena voltar ao último Conselho Europeu de Bruxelas para prestar algumas informações que se perderam no debate político interno e na necessidade doentia que contar uma história que permita vincular a ideia de que Costa “não manda nada a partir de Badajoz”.
1. Compreende-se que o PSD (ou uma parte dele) ainda não tenha conseguido “deglutir” a solução política encontrada em 2015 para governar o país. Apostou que seria efémera e já lá vão quase quatro anos. O Diabo ainda não veio, impedindo o regresso à liderança dos que o anunciaram e que abraçaram o programa da troika como a grande oportunidade para aplicar em Portugal a sua visão neoliberal da economia e da sociedade. Como se isto não bastasse, António Costa conseguiu provar a credibilidade do seu governo em matéria de “contas certas” – que não é uma “habilidade”, mas uma condição sine qua non para nos mantermos no euro -, Mário Centeno é hoje o presidente do Eurogrupo, o próprio primeiro-ministro ganhou um estatuto entre os seus pares do Conselho Europeu que só não vê quem não quer ver, ou vê mas não quer que se saiba.
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