Custo de vida: Lisboa entre as 100 cidades mais caras do mundo

Hong Kong é a cidade mais cara do mundo e Zurique (Suíça) a cidade mais cara da Europa. Tunes (Tunísia) é a mais barata.

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Margarida Basto

Lisboa é a 95.ª cidade mais cara do mundo em termos de custo de vida, descendo duas posições no ranking em relação ao ano passado, num estudo da Mercer divulgado nesta quarta-feira e que é liderado por Hong Kong.

De acordo com o estudo global sobre o Custo de Vida de 2019 da Mercer (Cost of Living Survey), Lisboa “desceu duas posições no ranking, após uma subida expressiva de 44 posições o ano passado”.

No ranking agora divulgado, Hong Kong mantém a posição de cidade mais cara do mundo, em oposição a Tunes (Tunísia), a cidade menos cara. No topo da lista estão Tóquio (2.º), Singapura (3.º) e Seul (4.º).

Zurique continua a ser a cidade europeia mais cara, encontrando-se no 5.º lugar do ranking, caindo duas posições relativamente a 2018. Xangai (China) surge em 6.ª posição, Achkabad (Turquemenistão) em 7.ª, Pequim (China) em 8.ª, Nova Iorque (EUA) em 9.ª e Shenzhen (China) em 10.ª.

Por sua vez, Luanda (Angola) desceu 20 posições no ranking, da 6.ª para a 26.ª posição.

O estudo conclui que, do top 10 das cidades mais caras para expatriados, oito são asiáticas, resultado dos elevados custos de bens de consumo para expatriados e a dinâmica do mercado residencial.

As cidades menos caras para expatriados são Tunes (Tunísia, 209.º), Tasckent (Uzbequistão, 208.º) e Carachi (Paquistão, 207.º).

Através do estudo foi ainda possível concluir que o preço da gasolina em Lisboa é dos mais elevados tendo em conta as restantes cidades do ranking.

Por outro lado, e comparativamente com a cidade mais cara da tabela, o preço de arrendamento de um apartamento T3 nas zonas nobres de Lisboa ronda os 3150 euros e em Hong Kong os 12.910 euros.

Lisboa é a única cidade portuguesa apresentada no estudo.

O estudo inclui mais de 500 cidades em todo o mundo, sendo que o ranking deste ano integra 209 cidades distribuídas pelos cinco continentes e analisa e compara os custos de mais de 200 itens em cada local, entre eles alojamento, transportes, comida, roupa, bens domésticos e entretenimento.

O estudo da Mercer conclui que “um conjunto de factores, incluindo flutuações cambiais, custo da inflação no que se refere a bens e serviços e a volatilidade dos preços de alojamento, contribui para o custo geral dos “pacotes de expatriados” para colaboradores em tarefas internacionais”.