Deputados admitem recorrer à justiça se Associação Berardo não enviar documentos pedidos

A comissão parlamentar de inquérito aprovou fazer todas as diligências para que a Associação Colecção Berardo envie ao Parlamento todos os documentos pedidos.

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José Berardo e Luís Leite Ramos na comissão, a 10 de Maio deste ano António Cotrim/Lusa

Um a um, os deputados da comissão de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos aprovaram uma proposta do presidente para se ir até às últimas consequências, ou seja, até uma participação ao Ministério Público, caso a Associação Colecção Berardo, ligada ao empresário Joe Berardo, não envie à Assembleia a informação pedida pelos parlamentares.

No início da reunião desta tarde, os deputados mandataram Luís Leite Ramos para tomar todas as diligências com vista a conseguir os documentos em falta para a comissão de inquérito poder terminar os seus trabalhos. 

O CDS pediu à Associação Colecção Berardo o envio de todas “as actas de assembleias-gerais e anexos, a lista de presenças nas respectivas assembleias-gerais, os estatutos actuais e todas as versões anteriores, a lista de associados (em todas as qualidades) e detentores de títulos de participação, anual, de 2009 até à última assembleia geral”. Na semana passada, a ACB recusou enviar os documentos, argumentando que não é nem nunca foi cliente da CGD e que este pedido extravasa os poderes da comissão de inquérito.

Além da documentação da Fundação José Berardo, falta ainda o já conhecido relatório interno do Banco de Portugal, que o supervisor recusa enviar, desde há vários anos, desde a comissão de inquérito ao BES.

No início da reunião, ficou também decidido que esta será a última audição da comissão, uma vez que os deputados prescindiram da audição da ministra das Finanças de entre 2013 e 2015, Maria Luís Albuquerque.

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