Índia prepara-se para o impacte do mais forte ciclone em décadas
Trezentas mil pessaso já foram retiradas de casa. Os ventos podem chegar aos 170 km por hora.
Seis milhões de pessoas podem ser afectadas pelo ciclone tropical Vayu, que se aproxima do Noroeste da Índia.
Perto de 300 mil pessoas já foram retiradas das suas casas e levadas para 700 abrigos, disse um porta-voz do ministério do Interior. Escolas e universidades vão estar fechadas até sexta-feira.
Os serviços de meteorologia dizem que o ciclone está a ganhar intensidade ao progredir no Mar Arábico, devendo chegar a terra, nas próximas 24 horas, com ventos que podem chegar aos 140-170 km por hora - é o mais forte ciclone a atingir o Noroeste da Índia em várias décadas.
Centenas de pessoas foram retiradas da região costeira do estado de Gujarat.
“Começámos a evacuação das localidades costeiras”, disse nesta quarta-feira uma fonte do governo do Gujarat.
O ministro chefe deste estado indiano, Vijay Rupani, pediu a intervenção da Força de Resposta a Desastres Naturais por recear que o ciclone destrua tudo o que encontra no seu caminho. Foi feito um pedido para que as autoridades nacionais garantam o restabelecimento da electricidade e das comunicações caso sejam cortadas, e que seja garantido um fornecimento de água potável.
Teme-se ainda a destruição de estruturas vitais à economia, uma vez que há refinarias ao longo da costa de Gujarat e portos.
O Instituto Indiano de Meteorologia diz que este ciclone pode perturbar ainda mais o ciclo da monção, que já está atrasada em algumas regiões, por exemplo no estado de Kerala (na costa Sul), onde já devia ter começado há uma semana. Todo o país está a ser afectado por uma onda de calor acima da média.
Em Maio, o ciclone Fani matou pelo menos 34 pessoas na costa leste da Índia. Nesse mês, 1,2 milhões de pessoas foram deslocadas antes da chegada da tempestade. Em 1990 dez mil pessoas morreram devido à destruição de um ciclone que fez prejuízos de muitos milhões de dólares.