A idade clássica da ARCOlisboa

Uma edição muito pouco arriscada, a deste ano: é uma feira dominada por apostas sem risco e pela vontade de ir ao encontro das expectativas dos coleccionadores já conhecidos.

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ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Muito calor, visitantes escolhidos a dedo e a presença sempre notada e movimentada das entidades oficiais – primeiro-ministro, ministra da Cultura e presidente da câmara, com respectivas comitivas – marcaram a abertura da quarta edição da ARCOlisboa, a feira de arte que decorre até domingo na Cordoaria Nacional. Este ano, para além de grande núcleo de galerias nacionais e estrangeiras que se estende pelo comprido corredor do espaço de exposição, das secções Opening e Projectos, das salas dedicadas a livros de artista e a múltiplos, a ARCOlisboa apresenta também o resultado de uma curadoria específica: o programa África em Foco, com a assinatura de Paula Nascimento, a mesma que, em 2013, co-assinou a participação de Edson Chagas na Bienal de Veneza, tendo então arrecadado o Leão de Ouro. Na feira lisboeta, apresenta uma selecção de cinco galerias africanas que é decerto a maior novidade em todo o recinto. E um programa, pelas galerias e algumas instituições da cidade, que se quis especial para o evento.

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