Viseu volta a ser tela de arte urbana no festival Tons de Primavera
A quinta edição do festival de street art Tons da Primavera é a maior de sempre, com 15 novas intervenções em Viseu. Até domingo, 12 de Maio, artistas urbanos nacionais e internacionais deixam a sua marca nas ruas da cidade.
O festival de arte urbana Tons da Primavera arrancou esta quinta-feira, 9 de Maio, em Viseu, e acontece até domingo, 12. A quinta edição do evento é “a maior de sempre”, com 15 novas intervenções de arte urbana que se juntam às 45 já existentes na cidade e nas freguesias circundantes.
Jorge Sobrado, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Viseu, descreve esta edição do festival como “uma edição de maturidade”. O atributo fica evidente pela “atracção de artistas internacionais”, como Lula Goce e Miquel Wert, “dois dos nomes mais influentes da arte urbana em Espanha”, e pela geração de artistas locais. O festival conta com um número recorde de cinco artistas ou colectivos de Viseu: Rosália Marques, Rosário Pinheiro, YouthOne, Luís Daniel e o colectivo Ergo Bandits.
No panorama internacional, o artista plástico cabo-verdiano Tutu Sousa, que vai intervir no posto da GNR de Abraveses, e o brasileiro UTOPIA, que vai fazer uma pintura na Associação de Tondelinha, fazem companhia aos dois artistas espanhóis. O cartaz fica completo com os portugueses Hazul, Regg, Pedro Raposo Mendes, Oker & Asno, Glam e a dupla Draw & Contra, que vai homenagear Dom Zeferino, uma referência da gastronomia viseense, com um grande mural na rua Ponte de Pau. O Tons da Primavera 2019 conta ainda com a participação de quatro artistas femininas — Lula Goce, Rosália Marques, Rosário Pinheiro e Glam —, “a maior de sempre”. O Museu do Quartzo, a Escola da Ribeira e o Parque Vil de Souto são alguns dos locais que vão ser intervencionados.
À semelhança do que tem vindo a acontecer desde 2017, a descentralização volta a ser um dos focos da organização, com oito freguesias do distrito a serem incluídas no mapa de street art de Viseu. O tema de 2019 é a gastronomia, a mesa e os produtos da terra, além da temática “Viseu, cidade-jardim”, comum a todas as edições do festival. Todos os trabalhos são “originais e exclusivos”, reforça Jorge Sobrado. “O festival não aceita intervenções ‘de catálogo': a arte pública não pode ser uma moda de pronto-a-vestir, que se repete e assemelha em todas as cidades”, acrescenta o vereador da Cultura.
A diversificação das expressões artísticas foi uma aposta para esta edição: os trabalhos não se limitam ao graffiti, existindo também pintura, escultura pública e fotografia. Uma galeria fotográfica de grande escala a céu aberto, com imagens de Pedro Raposo Mendes, constitui, aliás, uma estreia em Viseu: a rua Formosa e a praça D. Duarte, no centro histórico da cidade, são os locais escolhidos.
Mas o programa do festival não oferece apenas arte urbana. A cidade vai estar em ebulição com vários concertos, espectáculos, oficinas, provas de vinhos e artesanato. Os Capitão Fausto actuam esta sexta-feira, 10, às 22 horas, na Fonte das 3 Bicas, no mesmo palco que vai acolher os Orelha Negra e Xinobi, a partir das 22 horas, no sábado, 11. A entrada é livre. Durante o festival também há concertos no Mercado 2 de Maio.
Uma das novidades na programação deste ano do Tons da Primavera é a actividade Drink and Draw, uma sessão de desenho criativo, com um modelo vivo, acompanhada de vinho do Dão. A actividade está marcada para sábado, 11, pelas 18h30, no Mercado 2 de Maio, e a participação tem um custo de dez euros. Antes, pelas 16h30, vai existir também uma sessão para crianças, gratuita.