RTP Lab: há mais seis programas digitais da RTP para ver neste ano

As séries On C@ll, Frágil, Menos Um e Inquilinos e os programas Matemática Salteada e #SÓQNÃO são as novidades do RTP Lab, o projecto experimental de séries digitais da RTP, com estreia marcada para este ano.

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On C@ll, Frágil, Menos Um, Inquilinos e Matemática Salteada são algumas das apostas do RTP Lab para 2019. DR

Depois de Amnésia#CasaDoCaisAPPaixonados e SUBSOLO, o RTP Lab está de volta para a segunda fase. O projecto experimental da RTP para encontrar novas vozes e criar novos formatos digitais que chegam ao streaming no RTP Play e no YouTube. Depois dos formatos gerados pela primeira consulta pública de conteúdos, em 2017, esta segunda leva de estreias tem seis novos títulos e uma segunda temporada de uma das séries anteriores, #CasaDoCais.

João Pedro Galveias, director dos serviços digitais e multimédia da RTP, explicou ao PÚBLICO esta terça-feira, na apresentação desta nova leva de séries em Lisboa, que o Lab tem como objectivo “pegar em criadores que normalmente não têm oportunidade de mostrar o seu trabalho”, já que “a indústria está montada em cima dela própria, de técnicos, realizadores e argumentistas que já estão instituídos e a fazer o seu trabalho”, um mundo em que é difícil alguém novo furar. Querem galvanizar uma “massa de talento e criatividade”.

Duas das séries arrancaram já esta semana, sempre ao meio-dia: na segunda-feira estreou-se On C@ll, de Ruben R. Gomes, em que uma YouTuber que trabalha num call-center liga a um jovem tímido e ambos se ajudam nas respectivas vidas amorosas, enquanto na terça se ficou a conhecer Frágil, de Filipa Mendonça Amaro, centrada em duas amigas a viverem em Lisboa, uma actriz e outra pintora, que têm de se juntar a uma terceira, prima da actriz, para conseguir pagar a renda. Sobre esta segunda série, o responsável comenta: “É uma história de miúdas de 20 e poucos anos contada por elas, interpretada por elas, realizada por elas, montada por elas. Não é um fulano de 40 anos que escreveu uma telenovela realizada por um gajo de 50.”

Ainda este mês, no dia 16, estrear-se-á Menos Um, uma criação de e com Filipe Santos centrada num teclista que vem viver para Lisboa e tenta singrar no mundo da música. Filipe Santos é o protagonista, mas, quando está em palco, o actor é substituído pelo músico PZ, que faz a banda sonora e actuou na apresentação destas séries. Já no dia 30 chega BAD & Breakfast, de Miguel Leão com Ana Valentim, Carolina Torres e Isac Graça, passada numa Lisboa gentrificada em que turistas que ficam em alojamentos locais são seduzidos e drogados para terem um chip que os controla e os manda para um matadouro onde são transformados em carne. A 3 de Junho vem #SÓQNÃO, que não é uma série de ficção, mas antes um programa em que Joana Martins mostra pessoas a falarem sobre preconceitos. Por fim, a 13 de Junho, estreia-se Inquilinos, de Rui Contra, que é centrada em dois ex-namorados que se voltam a encontrar debaixo do mesmo tecto. Ainda sem data, o resto do ano guarda também, além do regresso de #CasaDoCais, a estreia de Matemática Salteada, de Inês Guimarães e Vanessa Fernandes, que tenta simplificar o ensino da matemática.

E para o ano há mais. “Neste tipo de coisas o que interessa é recorrência, que não seja uma iniciativa solta do ano X ou Y, mas uma aposta com consistência”, comenta Gonçalo Reis, presidente do Conselho de Administração da RTP, adicionando que, para o futuro espera que se “faça mais, com uma cadência mais apertada” e se promovam ainda mais géneros televisivos. O administrador fala também de um “ecossistema produtivo” destas séries, “produtores que são, dentro dos independentes, ainda mais independentes” e que estas funcionam como “uma rampa de lançamento para continuar nas séries digitais ou depois seguir um caminho mainstream”. 

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