Eles vão passar a noite em frente à Assembleia. Querem “emergência climática”

Começa às 20h e só acaba na manhã do dia seguinte: esta sexta-feira, 10 de Maio, os estudantes vão ficar de vigília em frente à Assembleia da República, em Lisboa. Uma espécie de aquecimento para a greve de 24 de Maio, com uma exigência: “Emergência climática”.

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MIGUEL MANSO

Os activistas pelo clima vão voltar à carga: esta sexta-feira, 10 de Maio, os estudantes têm encontro marcado às 20h, em frente à Assembleia da República, para uma vigília. Querem fazê-lo todas as sextas-feiras até à próxima greve climática estudantil (marcada para 24 de Maio) — à semelhança de Greta Thunberg, impulsionadora do movimento, que todas as sextas-feiras falta às aulas para protestar em frente ao Parlamento sueco.

Entre “informações de activismo climático, rodas de leitura e debate, reuniões abertas e música”, a ideia é ficar em frente ao edifício até à manhã do dia seguinte. Contam com a Climáximo para ajudar na parte informativa. “Queremos ter visibilidade para a próxima greve, é uma forma de nos mantermos activos e de permitir que pessoas que não podem participar na greve possam participar nesta acção”, explica Alice Gato, estudante da Escola Secundária de Camões, em Lisboa, e organizadora da vigília.

Os estudantes exigem que, tal como aconteceu no Reino Unido depois dos protestos do Extinction Rebellion, também em Portugal seja declarada “emergência climática”. “Sabemos que para atingir as metas do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) precisamos de cortar em 50% as emissões até 2030”, referem em comunicado. Mais ainda, exigem “a proibição da exploração dos combustíveis fósseis em Portugal”, o que implica “o fim das concessões da Batalha e Pombal”, a “expansão significativa das energias renováveis”, o encerramento da central de Sines e do Pego, “o melhoramento do sistema de transportes públicos” e a “requalificação profissional de trabalhadores de sectores poluentes”.

Alice Gato quer que “as pessoas que ainda não aderiram à greve possam começar a identificar-se com esta luta”. A estudante de 17 anos relembra: “Quanta mais gente aderir, mais pressão é feita em todo o país.”

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