Frente Comum espera “muitos milhares” de trabalhadores na manifestação de sexta-feira

Estrutura que junta vários sindicatos da função pública reclama salário mínimo de 650 euros no Estado e contagem do tempo de serviço congelado em todas as carreiras.

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Ana Avoila, da Frente Comum, ameaça com greves ou manifestações até às legislativas LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

A líder da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Ana Avoila, espera “muitos milhares” de trabalhadores na manifestação desta sexta-feira, em Lisboa, e ameaça avançar com novas acções de luta antes das eleições legislativas.

“Pensamos que esta manifestação vai ter muitos milhares de pessoas”, afirmou a líder sindical em conferência de imprensa, acrescentado que há um “descontentamento geral” entre os trabalhadores com “a postura inqualificável do Governo”.

A Frente Comum exige uma reunião com o Governo para discutir aumentos salariais e a revisão da Tabela Única Remuneratória, assim como a contagem de todo o tempo de serviço congelado para efeitos de progressão na carreira, entre outras matérias.

“O Governo, ao não se sentar [na mesa das negociações] faz uma demonstração, não só de falta de respeito pelos sindicatos, mas sobretudo pelos trabalhadores e indicia que não está disponível para responder a problemas”, defendeu a dirigente sindical.

“Ou o Governo se senta para começar a discutir com os sindicatos ou certamente antes das legislativas temos de voltar à luta”, frisou Ana Avoila.

Para a sindicalista, “independentemente da campanha eleitoral”, o executivo liderado por António Costa “ainda tem tempo” para responder às reivindicações. Quanto às futuras formas de luta a adoptar, Ana Avoila disse que podem passar por uma greve ou manifestação.

“Pode ser a que os trabalhadores quiserem”, declarou.

A manifestação nacional que se realiza sexta-feira, em Lisboa, arranca do Marquês de Pombal às 15h rumo à residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.

A Frente Comum reivindica aumentos salariais e das pensões de 4%, a revisão da Tabela Remuneratória Única com uma remuneração mínima de 650 euros e a contagem de todo o tempo de serviço para as progressões na carreira, entre outros pontos.