Fat White Family na luta contra a auto-censura

Depois de quase se terem destruído com o álbum anterior, os ingleses voltam com mais um grande álbum. O chocante, em Serfs Up!, já não é Hitler nem o bombardeamento de um parque temático — é terem feito um disco pop.

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Sarah Piantadosi

Após a digressão de Songs for Our Mothers, os Fat White Family estavam prontos a seguir para o caixão. A banda que voltou a trazer o perigo, o desplante, a provocação e o caos para o rock inglês nos últimos anos, estava esfrangalhada pela sua própria conduta no limite. E tinham caído em todas as armadilhas óbvias de uma carreira medianamente bem-sucedida no que resta da indústria musical: “Drogas, ascensão social, hanger-ons [definição para aqueles amigos-lapa que costumam rodear gente de notoriedade pública para, com isso, colher umas migalhas em proveito próprio], comportamentos descontrolados, narcisismo, toda essa treta”, lista Lias Saudi, vocalista do grupo em conversa com o Ípsilon. Tinham sido sovados por cada cliché disponível e quase caído para uma valeta devido ao consumo de heroína; precisavam agora de medidas drásticas de sobrevivência – individual e colectiva.

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