Europeias: PS foi o único partido que mudou de cabeça de lista em todas as eleições

PSD teve seis “número um” em oito eleições, CDS e CDU cinco cada um, e Bloco de Esquerda dois nos seus 20 anos de vida.

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Paulo Rangel à frente da lista do PSD pela terceira vez LUSA/ESTELA SILVA

O PS foi o único partido com assento no Parlamento Europeu que mudou de cabeça de lista em todas as europeias, avançando nas eleições de 26 de Maio com o oitavo “número um” desde 1987. O PSD irá para o sexto cabeça de lista em oito eleições europeias, enquanto o CDS e a CDU apresentarão o quinto “número um”. Já o BE, que apenas concorre desde 1999, só teve dois nomes a liderar as suas candidaturas.

Os socialistas começaram por apresentar em 1987 a independente Maria de Lourdes Pintasilgo, seguindo-se em 1989 João Cravinho, em 1994 António Vitorino e em 1999 Mário Soares. Em 2004, o PS escolhe Sousa Franco como “número um”, mas o candidato morre em plena campanha, e é substituído na lista pelo número dois, António Costa. Seguem-se Vital Moreira (2009), Francisco Assis (2014) e, este ano, Pedro Marques.

Também o PSD apresentou sempre nomes diferentes para encabeçar as listas ao Parlamento Europeu até 2009, altura em que Paulo Rangel se candidata pela primeira vez, repetindo a aposta em 2014 e nas próximas eleições. Pedro Santana Lopes, António Capucho, Eurico de Melo, Pacheco Pereira e João de Deus Pinheiro foram, por esta ordem, os anteriores cabeças de lista dos sociais-democratas.

Já o CDS repetiu Francisco Lucas Pires em 1987 e 1989, seguindo-se Manuel Monteiro e Paulo Portas. Em coligação com o PSD em 2004, Luís Queiró foi o primeiro nome dos democratas-cristãos que, em 2009, optam por Nuno Melo, que repete em 2014 (em coligação com o PSD) e no actual sufrágio.

Na CDU, os repetentes foram Ilda Figueiredo (1999, 2004 e 2009) e João Ferreira, em 2014 e 2019. Os outros candidatos foram Ângelo Veloso (1987), Carlos Carvalhas (1989) e Luís Sá em 1994.

O BE nasce em 1999, ano em que concorre ao Parlamento Europeu com Miguel Portas, que só é eleito cinco anos depois, e novamente em 2009. Segue-se Marisa Matias em 2014 e nas próximas europeias.

Em termos de peso político, os socialistas tiveram três primeiros-ministros e um Presidente da República como cabeças de lista, dois depois de exercerem funções - Maria de Lourdes Pintasilgo e Mário Soares, na dupla condição de antigo chefe de Governo e de Estado -- e um que viria a sê-lo, o actual primeiro-ministro António Costa, embora não fosse o “número um” oficial.

Já o PSD só teve um cabeça de lista que viria a desempenhar o cargo de chefe de Governo: Pedro Santana Lopes.