ProfJam levanta-se e anda

“Música religiosa”? Não somos nós que o dizemos, é ele. Entrevista em torno de #FFFFFF, primeiro e fracturante álbum de ProfJam que ouviremos ao vivo no Nos Primavera Sound e no Super Bock Super Rock.

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Nuno Ferreira Santos

“Tou quase a chegar à lua / Sou gigante a rimar / Pego no taco a brilhar / E jogo bilhar com o sistema solar”. Era uma vez uma battle: numa das primeiras “desgarradas” que o evento Liga Knock Out disponibilizava no YouTube (estávamos em 2013), um rapaz de cabelo rapado, ar introvertido mas olho decidido, apresentava-se daquela maneira: palavras imaginativas, invulgares para este tipo de competições de improviso em que, tão frequentemente, os “combatentes” se limitam a falar do quão bons são (ou maus, depende da perspectiva), de como o adversário é fraco (pela aparência física, acima de tudo) ou, enfim, da acrobacia mais obscena que lograram fazer com a mãe do mesmo. Mário Cotrim, nascido em 1991, então um desconhecido com meia dúzia de faixas na Net ouvida por meia dúzia de pessoas, revelava-se, naquele maralhal movido a calão e testosterona, uma excepção, um sopro de frescura.

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