Cazaquistão, memória dos gulags no coração da estepe
Foi há cem anos, em 1919, que o poder bolchevique lavrou as primeiras disposições legais que abriram caminho aos campos de trabalho soviéticos. O sistema de gulags do norte do Cazaquistão foi um dos mais extensos e por ele passou Aleksandr Soljenítsin, o autor de Um dia na vida de Ivan Denisovitch, narrativa inspirada na sua experiência como prisioneiro.
Esta história pode ter múltiplas entradas, como todas as histórias. Uma delas é irónica. Quando, nos anos 1970, a cidade de Karaganda, no norte do Cazaquistão, inaugurou um monumento de homenagem aos mineiros da região, já uma parte das instalações do sistema local de gulags havia sido convertida em estância de férias para os trabalhadores soviéticos.
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