Hoje é Dia da Terra. Mas não há tempo para festejar

Cinco décadas passadas desde o primeiro “Dia da Terra”, nos EUA, a humanidade mais do que triplicou a extracção de recursos naturais do planeta, em actividades que só por si contribuem em 90% para a perda de biodiversidade e são responsáveis por quase metade das emissões de CO2.

Fotogaleria
A extracção de minerais não ferrosos, como as pedras, ganhou peso na economia global Daniel Rocha
,Índia
Fotogaleria
Reuters/MUKESH GUPTA
,Refinaria de óleo
Fotogaleria
Reuters/MORTEZA NIKOUBAZL

Há quase 50 anos, cidadãos americanos saíram à rua em defesa do planeta, numa data que hoje é celebrada globalmente. Há dez anos, a ONU reconheceu 22 de Abril como dia da Mãe Terra, mas a humanidade parece olhar para o globo menos como uma progenitora digna do nosso carinho, e mais como uma cornucópia de recursos infindáveis. Nestas cinco décadas, em que a população mundial duplicou, o crescimento acelerado, e desigual, das economias fez-se por via de um aumento de 3,4 vezes da extracção de recursos naturais, com impactos severos nas emissões de gases com efeito de estufa, na qualidade da água para consumo humano, na nossa saúde e na dos seres que partilham este canto do sistema solar.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.