Paços de Ferreira preparou o regresso à I Liga e conseguiu-o
O emblema pacense esteve apenas uma temporada no escalão secundário.
O Paços de Ferreira assegurou neste sábado a subida à I Liga de futebol, um ano depois de ter descido de divisão, e pode juntar ainda o título de campeão nacional do segundo escalão.
A promoção do Paços foi confirmada após a vitória caseira diante do Académico de Viseu, por 2-1, na 30.ª jornada da II Liga, quando ainda faltam quatro para o fim da competição, e acontece numa época preparada exclusivamente para devolver o clube ao principal escalão do futebol português, no qual contabiliza 20 presenças.
A escolha de Vítor Oliveira foi um sinal claro dessa aposta, com o experiente técnico, de 65 anos, a confirmar o estatuto de “rei” das subidas na II Liga, o que acontece pela 11.ª vez, duas das quais em representação do Paços, que já subira da primeira vez em 1990/91.
Ao “selo de qualidade” do técnico juntou-se um plantel escolhido com critério, entre alguma juventude e muita experiência, que aproveitou os principais jogadores da época passada, resgatou vários elementos que estavam cedidos e contou com reforços cirúrgicos.
O Paços cedo assumiu a liderança e os números confirmam a sua superioridade nas 30 jornadas já realizadas: lidera isolado a classificação, com 64 pontos, mais sete do que o segundo, o Famalicão - também em zona de subida, mas com menos um jogo realizado -, é a equipa com mais vitórias (20), menos derrotas (as mesmas seis do Famalicão), e menos golos sofridos (19).
A promoção agora alcançada é a quarta da história do Paços e a segunda conseguida no ano seguinte à descida da divisão, o que aconteceu também em 2004/05, sob a orientação de José Mota, outra das figuras incontornáveis da história do clube.
O actual técnico do Desportivo de Chaves participou em três subidas de divisão do emblema pacense, a primeira, em 1990/91, como jogador e as seguintes como treinador, sendo que em 2004/05 iniciou a temporada como adjunto de Henrique Calisto, a quem sucedeu no final da primeira volta.
O registo de José Mota só encontra paralelo no do capitão Adalberto, hoje com 50 anos, 23 deles dos quais ao serviço dos “castores”, o único clube que representou na carreira e pelo qual, em três ocasiões, em todas elas como jogador, subiu à I Liga e foi campeão nacional do segundo escalão.
Essa é outra das particularidades no currículo do Paços de Ferreira, que se sagrou campeão nacional da divisão secundária sempre que subiu ao escalão principal.
No álbum de ouro da II Liga, o Paços de Ferreira apresenta o melhor registo, com três títulos, podendo agora reforçar essa vantagem e somar o quarto campeonato, alargando a distância para Gil Vicente, Estoril-Praia, Moreirense e Beira-Mar, todos com duas vitórias no escalão.