Marcelo destaca socorro às vítimas e pede determinação aos madeirenses
O Presidente da República chegou ao início da tarde à Madeira. Falou com as vítimas, elogiou trabalho das equipas de socorro e deixou palavra de determinação.
Uma coroa de flores, com as ‘Sentida Homenagem do Presidente da República’, e três palavras: de conforto, de elogio e de determinação. Marcelo Rebelo de Sousa aterrou na tarde desta sexta-feira na Madeira para levar a “solidariedade do país” às vítimas do acidente do autocarro com turistas alemães.
A primeira paragem do Chefe de Estado foi precisamente o local do despiste, que, na passada quarta-feira, no Caniço (Leste do Funchal), causou a morte a 29 pessoas e ferimentos a outras 27. Marcelo depositou uma coroa de flores, repetindo o gesto que o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Heiko Maas, tinha feito na véspera.
“Venho aqui”, sintetizou depois aos jornalistas, “deixar três palavras. Uma de conforto, para as vítimas e familiares deste trágico acidente. Outra de elogio, para as equipas de socorro pelo extraordinário trabalho que fizeram logo nos primeiros instantes. E de determinação, para todos os madeirenses. O caminho é para a frente”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, antes de acelerar passo rua acima, percorrendo a pé os cerca de 250 metros que separam a curva onde aconteceu o acidente da porta de entrada do hotel Quinta Splendida, de onde o autocarro partiu.
Lá dentro, e antes de rumar ao Hospital Dr. Nélio Mendonça, onde visitou as 16 vítimas, duas das quais madeirenses (o motorista e a guia turística), o Presidente da República falou com alguns turistas que viajavam no autocarro.
“A opinião de todos os pacientes alemães com os quais falei, todos, sem excepção, foi de gratidão”, disse mais tarde, já à saída do hospital, numa conferência de imprensa improvisada que contou com a presença do embaixador da Alemanha em Lisboa, Christof Weil.
A grande maioria, continuou Marcelo, parte amanhã para Alemanha. “Confirma a qualidade desta instituição [Hospital Dr. Nélio Mendonça], que é garantida pelas pessoas que aqui trabalham”, disse, voltando a elogiar o trabalho do pessoal hospitalar. “Muitos nem estavam ao serviço, mas acorreram logo.”
Ainda no hospital, Marcelo teve tempo para se encontrar com José (o motorista) e Carlota (a guia turística). “A Carlota é uma mulher de armas, e já está a dar a volta por cima”, contou aos jornalistas, declinando falar sobre as perícias que estão a ser feitas ao autocarro, para apurar as causas do acidente. “O tempo agora, está demasiado denso para falar sobre isso”, considerou, dizendo que esse trabalho está a ser feito pelas autoridades competentes.
Durante a tarde, Marcelo participa em duas cerimónias religiosas. Uma católica, integrada nas celebrações da Sexta-Feira Santa, na Sé Catedral do Funchal. Outra Luterana, que será conduzida pela reverenda Ilse Berardo, pastora da Igreja Presbiteriana na Madeira.