“A criança não quis ir ao estádio”: Governo luta contra a violência

A campanha “violência zero”, lançada pelo Governo, começa nesta quarta-feira e será difundida, durante três semanas, nas principais televisões nacionais.

Foto
A violência no desporto é uma preocupação Nuno Ferreira Monteiro

“Era um dia de jogo normal. José foi ao estádio com o filho. Mas, no final da partida, foi violentamente agredido, a ponto de, até hoje, a criança nunca mais ter querido ir ao estádio. Prefere ver os jogos pela televisão”. Este é o testemunho real que serve de mote à “violência zero”, campanha de sensibilização contra a violência no desporto.

A iniciativa, lançada pelo Governo, começa nesta quarta-feira e será difundida, durante três semanas, nas principais televisões, além de ter o apoio de instituições desportivas como a Liga de clubes, a Federação Portuguesa de Futebol, o Comité Olímpico ou a Confederação do Desporto.

Além de um site de divulgação de boas práticas e testemunhos, a utilização da hashtag #violênciazero será um veículo de promoção da campanha nas redes sociais e junto dos jovens. Ainda voltado para as gerações mais novas, o Ministério da Educação desafiou as escolas a promoverem a “semana contra a violência no desporto”, de 13 a 17 de Maio, com actividades de prevenção e combate, sobretudo com suporte na disciplina de Educação Física.

O anúncio desta campanha explica, ainda, que a luta contra a violência faz parte do programa do Governo, nomeadamente incidindo “na dissuasão das manifestações de racismo, xenofobia e intolerância”.

O Governo detalha, também, que já estão na Assembleia da República propostas de alteração ao regime jurídico de combate à violência. “Propôs-se o reforço das obrigações dos agentes desportivos associadas às acções de prevenção socio-educativas, o aumento dos limites mínimos das coimas, o encurtamento dos prazos processuais, a aplicação obrigatória de algumas penas e sanções acessórias, a criação do cartão de adepto para se aceder a certas zonas de determinados espectáculos desportivos e a obrigatoriedade da venda electrónica dos títulos de ingresso para o acesso a estas zonas”, pode ler-se.

Sugerir correcção
Comentar